Poema do Gustavo
O timbre é a luz do som, a iluminação sonora de um concerto está para a música
como as estrelas para as tetas de uma ovelha
O anjo de pedra soergue-se do cemitério, as alminhas resplandecem
de flores, as colmeias de queijo e de sais zumbem mel de sírios
Aos Pitões, à cascata de Celas, à Pardelca? de rios A síncopes de silêncio, Aos montes, aos gatos, aos bichos
Salte as cancelas de pedra. Leiam? os muros ausentes
Que todos os filhos toquem os sinos, que todos os sinos toquem (---)
Vivam as bruxas cor de laranja e o encanto das suas princesas
Viva o vinho dos encantos, as mandrágoras do amor, as raízes ao vento
de um ser
As freirinhas do convento que fazem doces para entreter o tempo
Vivam os putos lindos, os pais as mães e as outras, os amigos que vivam
de vivas viras
Velas a vapor, incensos, teatros de dor, champanhe
ah, caralho, que o amor vive (...)
Gustavo Brandão